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quinta-feira, 25 de março de 2010

Resenha: O Nome da Rosa (Umberto Eco)

Ouvi falar no livro de Adso Umberto Eco pela primeira vez ainda no 1º ano do Ensino Médio. Não exatamente no livro, mas no filme. Lembro que na época me pareceu chatíssimo um filme sobre a vida em um mosteiro na Idade Média. Isso foi há uns cinco anos. Nem parece que se passou tanto tempo!
O que eu lia nessa época? Ah, sim… Foi um ano fraco pra leitura o de 2005. Em um dos colégios que estudei (foram três no mesmo ano) os alunos só podiam emprestar livros uma vez por semana. Talvez pelo tamanho da biblioteca, pequeniniiiinha! Aproveitava para pegar livros grandes, como o Memorial de Maria Moura. E Sidney Sheldon, que eu conhecera um ano antes. Mas não li O Nome da Rosa. Acho que nem vi em qualquer das três bibliotecas que frequentei naquele ano.
Nunca mais ouvi falar dessa história por anos, até chegar à universidade. O livro estava entre as leituras complementares de Sociologia, mas eu não li. Estava ocupada demais aprendendo a estudar para passar pelas estantes de literatura.
Foi no ano passado que resolvi que deveria voltar a devorar livros como antes. Agora já tinha ouvido falar tantas vezes do livro e do filme, tantas recomendações, que fiquei curiosa. O exemplar estava desgastado, os cadernos meio frouxos, provavelmente porque eu não fora a única que carreguei auqele livro pra todo canto.
Ao contrário do que me fizera parecer a infeliz da professora de História há tantos anos, descobri que era um romance com uma trama muito bem escrita que me aguçou os sentidos. Lia até as inscrições em latim para tentar descobrir algo do mistério das mortes dos monges. Infelizmente tive que parar a leitura perto do fim, para dedicar tempo ao vestibular. (Por que não pedem também literatura estrangeira no vestibular? Preciosismo)
Terça-feira o professor de História do Direito mencionou o livro, contando com o bom-humor com que costuma dar suas aulas do episódio inicial do livro, quando Guilherme descreve um cavalo que nunca tinha visto. De repente, senti uma vontade enooorme de saber o que acontecia no final do livro. Quem ou qual era a causa de todas aqueals mortes na Abadia? Encontrei um único exemplar na biblioteca de Humanas e devorei saborosamente – não como Jorge – as páginas que restavam.
Excelente leitura para quem gosta de ler, quem gosta de história, quem gosta de observar as pessoas. E pra descobrir como algumas coisas realmente não mudam: a hipocrisia, o fanatismo, a vaidade, o orgulho e a paixão pelos livros.

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