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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Contando os dias...

... para as férias!

Sério, gente, to cansada! Esse negócio de estudar dois períodos não é fácil. Não vejo a hora de entrar em férias dando vivas à gripe A. Por quê?

Porque as aulas vão até o dia 25 de junho (pra mim até dia 23) e só voltam dia 2 de agosto. Serão trinta e nove dias (pra mim) sem ter o que fazer de descanso.
Até lá faltam suados (na verdade nada suados porque tá frio)
* 23 dias;
* 54 horas/aula;
* 3 provas;
* 11 tardes na UFPR.

(Eu sei que a cantiga 'cansaço' já ta cansando, mas é que ainda é segunda-feira e eu já to cansada ;P)

terça-feira, 25 de maio de 2010

O Exercício do Blog

Eu tinha um monte de assuntos pra falar aqui. Esqueci de anotar no momento dos 'lampejos' (hahaha), então nem lembro mesmo o que era. O fato é que não há muita necessidade, nem faz muito sentido, que eu fique aqui falando sobre o Ficha Limpa de que todo mundo já falou, ou da bruxa espancadora de criancinhas procuradora que foi presa.
Também não tem sentido eu fala que acabei de receber um 'não' em resposta a um currículo que enviei. Aliás, vou falar só um pouquinho porque fiquei irritada com isso. Queriam estudantes do noturno pra estagiar a partir das 9h, mas disseram no anúncio que o horário era 'a combinar'. Se eu soubesse não teria tido o trabalho de ligar, mandar email, nem nada... Quem já sabe o que quer e o que não quer tem que explicitar isso, assim ninguém perde tempo nem fica desiludido achando que recebeu um email porque vai ser chamado pra entrevista. Pronto, falei.
O que mais eu poderia dizer? Ah, foi engraçado chegar dez minutos atrasada na aula de história ouvindo o professor perguntar 'Vocês sabem o que é panótico?'. Foi engraçado porque eu já cheguei respondendo. Ta, talvez nem tenha sido engraçado. Que seja. (Ah, foi, sim, vai?)
Talvez eu deva contar que detesto admitir, mas que a cada dia me convenço de que preciso usar óculos. (O fato de eu já ter ido ao oftalmo não quer dizer que estou totalmente convencida, oras). Até porque, descobri que sou mais cega do que pensava. Droga.
O fato é que ontem eu lia Vinicius de Moraes, e ele falava do cronista, enquanto eu pensava no blogueiro. Posto um trecho: Acho que estou num tempo desses. Março foi bom. Muitas postagens, muita tagarelice... Mas esse é o primeiro post em dez dias. Logo eu que (dizem) sou tão tagarela. (Sou?) Logo eu que sempre estou cheia de ideias pra falar, e muitas vezes com tempo sobrando. (Esqueçam o tempo sobrando. Estou com leituras atrasadas!) O negócio é seguir a cartilha de Vinicius, tomar vergonha na cara e escrever, como faço agora. Nem que seja sobre a cadeira à minha frente, mas que seja interessante e relevante.
Dias há em que, positivamente, a crônica "não baixa". O cronista levanta-se, senta-se, lava as mãos, levanta-se de novo, chega à janela, dá uma telefonada a um amigo, põe um disco na vitrola, relê crônicas passadas embusca de inspiração - e nada. (...) Aí então é que, se ele é cronista mesmo, ele se pega pela gola e diz: "Vamos, escreve ó mascarao! Escreve uma crônica sobre esta cadeira que está aí em tua frente! E que ela seja bem-feita e divirta os leitores!" E o negócio sai de qualquer maneira. (O Exercício da Crônica)


Quantos posts posso fazer sobre uma cadeira?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Blog Tour: Love Mercy (Lisa Samson, Ty Samson)

 Love Mercy nos confronta diretamente com a crise de AIDS na África, especialmente na Suazilândia, que tem o maior índice de aidéticos no mundo e onde a expectativa de vida é de trinta e dois anos. Ofertando duas perspectivas únicas, Lisa e Ty compartilham as questões que encontraram em sua jornada e contam as histórias daqueles que conheceram no meio do caminho - das próprias crianças, para os adultos vítimas de AIDS, para os compassivos e misericordiosos que buscam a cada dia aliviar o sofrimento.
Sorrisos em um lugar de tristeza agonizante. Misericórdia em meio a uma pobreza dse cortar o coração. Duas pessoas transformadas por Deus em lugares e de maneiras que elas jamais esperavam, descobrindo que, mesmo em uma terra repleta de angústia, o amor e a redenção de Cristo inflamam.

Love Mercy confronts us directly with the AIDS crisis in Africa-in particular Swaziland, which has the highest AIDS rate in the world and where the average life expectancy is thirty-two years of age. Offering two unique perspectives, Lisa and Ty share the questions they encountered on their journey and tell the stories of those they met along the way-from the children themselves, to adult AIDS victims, to the compassionate mercy-givers who seek every day to alleviate their suffering.
Smiles in a place of aching sadness. Mercy in a place of heart-wrenching poverty. Two people transformed by God in ways, and places, they never expected, discovering that even in a land riddled with heartache … Christ’s love and redemption are ablaze.
(Capa e sinopse retiradas do BlogTour, tradução livre)



Esse livro faz parte de um Blog Tour. (Basicamente, vc se inscreve e informa as suas preferências literárias, a editora te convida a participar de um blog tour e te manda o livro de graça em troca de um post review. Os livros são em inglês, ok?)

Love Mercy é uma biografia de uma escritora de romances e sua filha adolescente. Apesar de classificado como biografia, conta, na verdade, sobre a viagem que elas fizeram à Suazilândia, um pequeno país africano que está ali enfiado entre a África do Sul e Moçambique, menor que o estado de Sergipe e a metade da população de Curitiba. População esta que está morrendo aos montes de AIDS e tuberculose - quando não são a fome, miséria e o abandono que matam, principalmente, as crianças. Há na Suazilândia 120 mil órfãos, o índice de pessoas com o vírus HIV chega perto dos 50%. Aos 15 anos, um suazi tem 6% de chance de chegar aos 30.

As autoras foram convidadas a conhecer o trabalho de uma organização chamada Children's Hope Chest. Sem dinheiro para a viagem, Lisa elaborou uma proposta de escrever um livro sobre sua 'jornada' na África, e as vendas desse livro cobririam os custos da viagem, inicialmente paga pela editora. O restante dos direitos autorais foi (é, será) doado para a Children's Hope Chest. 

Todos temos noção de que a maior parte da população do planeta passa por necessidades extremas. Não acredito que alguém ignore o fato de que a AIDS seja uma epidemia globalizada. Sabiam que mais de 2/3 dos portadores de HIV estão na África subsaariana (região da África abaixo do deserto do Saara)? E que cerca de 3 milhões de pessoas morrem por ano vítimas da doença somente nesas região?

Hoje, no Brasil, não é tão fácil imaginar a situação, já que temos o maior e melhor programa de combate à AIDS do mundo. Desde a política de distribuição do coquetel para os portadores do vírus, a expectativa de vida dessas pessoas no Brasil aumentou escandalosamente. Na maioria das vezes, não dá nem pra saber quem tem o vírus e quem não tem.

Na Suazilândia não há recursos para combater a AIDS porque a doença extermina a população em idade produtiva. Não é inacreditável como um vírus pode infestar uma nação ao ponto de deixá-la impotente dessa forma? Para quem liga a AIDS à promiscuidade, a maioria dos portadores do vírus no país hoje o contraíram ainda na gestação ou na primeira infância. Os antirretrovirais são caríssimos. Imagina se alguém consegue comprar isso? 


O livro conta a história das pessoas que vivem nessa realidade. Pior que isso, que nunca conheceram outra realidade. Há esperança pra essa gente? Órfãos, viúvas, velhas senhoras que cuidam de filhos de desconhecidos, pessoas jovens, assim, da minha idade, da sua, morrendo. É capaz de ter outra reação inicial a não ser a perplexidade?


Tive sérias discussões - monólogos entre eu e o livro que ficou mudo diante das minhas perguntas e advertências - teológicas com a autora, mas isso não interfere muito na essência do livro.


Mexendo na internet, descobri que o Brasil não mantém relações com a Suazilândia. Não seria interessante uma conversinha entre o melhor e o pior país no mundo em combate à AIDS/HIV? Estão entendendo o que eu estou pensando? Será que o Brasil pode ajudar a Suazilândia?



quarta-feira, 12 de maio de 2010

Bora pro RU?

Na Unioeste-Foz - vocês ainda vão me ouvir ver falar escrever muito sobre a Unioeste - porque eu não esqueço as origens, amo a minha Unioeste e quero, exijo, o seu progresso (não consigo falar 'progresso' sem pensar Positivismo hahaha) - não tem Restaurante Universitário (RU).

Ta certo que meu curso não é integral, e eu não morava longe de casa há mais de uma semana, milhas e... nem nada disso. Mas até eu sentia falta de um RU. Quando eu fazia estágio de manhã, em dia de prova, ia direto do estágio pra Uni, e lá ficava até o fim da noite a base de X-bacon, pão de batata e suco garrafinhas de Coca. (Alguns meses mais tarde fiz um protesto nada muito escandaloso, na verdade, só entre eu e eu mesma, contra refrigerantes e desde então só tomei uns goles umas quatro ou cinco vezes). Chegava em casa moooorta de fome, querendo comida desesperadamente e não hesitava nem meio minuto de jantar quase meia-noite. Isso porque não tinha RU.

Agora imagine a situação de quem faz curso integral - tipo Enfermagem. Ou como a gente ficava quando tinha aula o dia inteiro no sábado. Ou o pessoal que trabalha o dia inteiro e chega pra comer uma porcaria qualquer antes de ir pra aula. Ou a galera do PTI que tem que se servir em um restaurante caríssimo para padrões universitários - porque ninguém tem que seguir os padrões dos filhinhos de papai e deixar sofrer o coitado que ralou a vida inteira pra passar numa faculdade pública, né?

Engraçado é que sempre que eu falo de RU com minhas amigas de outros estados, elas torcem o nariz. A maioria diz que a comida do RU não presta e que elas não comem lá nem de graça. Gente, se é pra ter o negócio, que seja decente, né? Que adianta ter RU se ninguém tem coragem de comer lá?

Voltando ao presente, em alguns dias - como hoje - eu passo o dia inteiro no campus - e arredores - porque tenho aula de manhã e à noite. Faço o que? Almoço no RU. Aliás, não é nada parecido com aquele que não presta onde não se come nem de graça. Inclusive, o RU Central tá em reforma e eles tão comprando a comida agora, mas eu já fui no RU do Politécnico e lá a comida também não é ruim ;)

Pontos positivos
- É 1,30! Em que outro lugar eu tenho uma refeição completa nesse valor, gente?
- A comida é sempre comível, na maioria das vezes até gostosa hahaha
- O sagu é uma cooooooisa de bom prontofalei
- O cardápio é sempre bem completinho, com salada, sobremesa... Coisa que eu dificilmente faria em casa, comendo sozinha.
- O 'prato' é daqueles de refeitório, retangular com divisórias. É bom pra quando você não sabe o que é alguma coisa e pega pra experimentar. Se não gostar, ta separado do resto. (Eu prefiro os pratos de verdade. No Politécnico tem. Quando é que vão botar pratos de verdade no RU Central?)

Pontos negativos
- Eu acho que eles fazem um molho meio esquisito, colocam maisena pra engrossar, sei lá... mas é comível.
- Também não tem um buffet diversificado, nem nada, mas lá em casa ninguém faz 10 pratos quentes e 10 pratos frios para que a gente se deleite na escolha hahaha
- Você só pode se servir uma vez, e a carne e a sobremesa (exceto quando é fruta) as tias que servem. Elas até que são bem generosas. Pelo que eu percebi, o tamanho da carne é proporcional ao tamanho do prato q
que você fez.
- As divisórias do 'prato' às vezes atrapalham. Ainda mais pra quem gosta de comer tudo misturado...

Eu sou meio enjoada com comida, tanto que nunca comi lanche de escola, mas me sinto confortável no RU. É essencial para a sobrevivência de quem ta morando sozinho pela primeira vez, ou passa o dia na faculdade, enfim... Estudante bem alimentado pensa melhor, sabiam? =)


Hora de voltar pra biblioteca. Acho que tenho uma prova hoje. E tenho um trabalho amanhã. E prova terça-feira.

Lembrei agora que tinha uma previsão de que o RU e os dormitórios dos estudantes da Unioeste estariam prontos até 2012. Como é que estão as obras? ;)

sábado, 8 de maio de 2010

96 coisas em 912 dias

Esse mês passou parecendo um ano. Se eu não anotasse tudo na agenda colocaria o que fiz na última semana pensando que foi o que fiz no mês inteiro, o que também não é muita coisa. Li muito, muito pouco. Uma boa explicação seria por causa das provas que tive, mas acho que não é a única. Também não sei quais seriam as outras além de falta de vergonha na cara e preguiça. Ah, é.. Eu perdi a carteirinha da biblioteca e ela demorou uma semana pra ficar pronta e eu ainda nem peguei. Teve isso também…

5. Ler 150 livros (16/150)

Eu estou achando meu ritmo de leitura leeento demais. Lembra do primeiro post, quantos livros? Se bem que eu estava de férias. Enfim, os livros foram:

1) Suzana, Letícia, Paula e Lúcia – Tânia Gonzales

Soube do livro pela Cintia, achei o título curioso, e como ela falou de um mistério na resenha, resolvi ler. Não é exatamente o meu tipo de livro, então foi meio cansativo, mas não quisa parar de ler pra não ficar sem saber o que aconteceria no final. Minha curiosidade sempre vence hehe

2) Emma – Jane Austen

Estava na biblioteca de humanas procurando por um clássico. Shakespeare, Mark Twain… Acabei em Jane Austen. Na contracapa dizia que Emma era a personagem mais elaborada de Jane, e as orelhas do livro (acho esse nome tão engraçado) davam a dica de que haveria muita confusão e muitos mal-entendidos. Pra falar a verdade, eu ri demais, principalmente com o pai de Emma. Ah, e com os tais mal-entendidos.

23. Visitar todos os parques de Curitiba (2/30)

Bosque do Papa (ou Bosque João Paulo II)

Procurando um lugar bonito pra começar a ler Emma, fui parar no Bosque do Papa. Gente, que lindo! As árvores, as casinhas, os jardins… E é um lugar tão calmo no meio do centro cívico! Eu fui me guiando pela ciclovia: fiz um caminho bonito, mas compriiiido. Na volta foi bem mais fácil haha

24. Visitar os maiores shoppings de Curitiba (6/11)

Shopping Mueller

Fica a umas quatro quadras do campus. Sem nunca ter entrado lá, combinei de encontrar com minha tia na praça de alimentação. Quase matei a coitada de preocupação porque não conseguia encontrar a praça. Que tipo de shopping esconde a praça ade alimentação no estacionamento? Fiquei com raiva, mas o shopping é bom. Se eu não estivesse brava com ele teria voltado lá.

62. Aprender a me orientar em Curitiba

Eu ainda não conheço a cidade toda, mas pode ter certeza que perdida eu não fico. Já aprendi que avenida vai pra que lugar, pra que lado ficam os bairros e quais são as principais ruas. É perdida não estou mais. Item cumprido!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Rapidinhas

1) Depois de dois meses desde que contratamos os serviços da Oi, finalmente a internet banda larga chegou aqui em casa. Não aguentava mais usar 3G. Estava quase inventando o arremesso de mini-modem.

2) Também depois de dois meses terminou o processo de equivalência de matérias. Deferidas: Economia Política, Metodologia da Pesquisa Jurídica (ou seja lá qual for o nome da metodologia que você tem aí), Teoria do Direito, Ciência Política e Teoria do Estado, Direito Civil A, Direito Penal A, Direito Processual Civil A, Direito Comercial A. Indeferidas: Direito e Sociedade, Filosofia do Direito, e Direito Constitucional A e B. Consegui quase todas!

3) Pra quem pediu, na verdade foi só a Didi e eu já mandei o link pra ela, encontrei a transcrição da Aula Magna do Comparato aqui na UFPR esse ano. http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=587CID002 Vale a pena

4) Descobri que só porque não fui à aula quarta-feira porque deixei pra transferir o título no último dia vou precisar de um pedido formal para ver a minha prova ou me contentar com a nota em edital. Peraí... MINHA prova, dá licença? Chatice!

5) Ainda detesto a burocracia venerada na UFPR e um dia ainda cuspirei nela. E pisarei em cima, sapatearei e chamarei de feia, chata e boba.

6) O CAHS (centro acadêmico) está promovendo o Simpósio de Direito Privado e Desenvolvimento (palestras de Direito Comercial com os caras que você que gosta de Comercial sempre quis conhecer). Será nos dias 25 a 28 de maio. Eu estarei lá ;)
Cartaz do evento
Programação
Mais informações no site do CAHS

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fundamental

Quando a gente começa a faculdade quer que o primeiro ano passe rapidinho. 'Afinal, eu não escolhi Ciências Econômicas, História, Ciências Sociais, Filosofia, Letras... Escolhi Direito!' Desculpa, colega, mas vai ser difícil aprender direito desse jeito (entenda com todos os trocadilhos possiveis - que eu detesto, btw).
Quando eu stava no primeiro ano, pensava exatamente assim. Na maioria das aulas só meu corpo estava presente. O pensamento lá longe... Com exceção de Sociologia, Introdução ao Estudo do Direito e Ciência Política e Teoria do Estado, fazia as matérias para passar e chegar logo no bendito segundo ano.
No começo do ano passado estava empolgadíssima. Vibrei quando comprei meus códigos, porque finalmente agora eu iniciava meu curso. A empolgação não passou, não. Mas de vez em quando eu tropeçava em um conceito de Economia Política (logo Economia Política?!), na teoria do Estado, ou em um texto de Foucault, Carl Schmitt... O caderno de Sociologia, então... tive que vasculhar várias vezes a matéria mais anotada do ano anterior. Mas eu não sou daquelas que se convencem fácil e rapidamente. Teimei e teimei até dizer pra professora que não via sentido na disciplina de Teoria da Argumentação.
Quando vim pra cá, já sabia que teira que fazer Direito Romano e História do Direito, já tinha 'preparado o espírito' pra isso. E depois, quando indeferiram a equivalência de Sociologia e Filosofia eu nem liguei tanto. Precisei tanto delas que seria até interessante fazer de novo, até porque, nunca é igual. Além do mais, nem dá pra dizer que eu já fiz Filosofia do Direito, né?
Então, com o passar das aulas, encontrei algumas explicações, suportes, embasamentos teóricos para aquilo que eu realmente gostava de estudar (vocês sabem que eu gosto é de Penal, né?). Sabe quando vc liga o interruptor e a lâmpada fica naquele vai-não-vai e então finalmente acende? É o que tem acontecido nesse segundo primeiro ano.
Meu apelo prático: muitas faculdades estão reformulando os currículos dos cursos de Direito nesse momento - inclusive na Unioeste. Então, POR FAVOR:
* Exijam que o conteúdo de Filosofia seja Filosofia do Direito, não do Ensino Médio;
* Peçam e supliquem pela disciplina de História do Direito (ah, se eu a tivesse conehcido antes...);
* Lutem por um currículo mais aberto, com disciplinas optativas em número suficiente para que não sejam obrigativas. Cinquenta, cem... não precisam ser ofertadas todas ao mesmo tempo, então o céu é o limite;
* Peçam também (ca-ham) o Estatuto da criança e do adoelscente, nem que seja optativa. Duvido que vocês vão aprender algo significativo sobre o ECA em outra disciplina. Por que Direito Internacional seria mais importante? Hmpf!
* O que querem estudar? Peçam, sugiram! O currículo do curso é feito pra vocês (ta, é mais pros que virão, mas os veteranos podem fazer uma matéria e outra...), vocês tem todo o direito de falar, e o colegiado, diretoria, comissão ou sjea la quem for tem todo o dever de ouvir aqueles por quem existe a universidade, os estudantes.

(De vez em quando ainda acho algumas aulas do segundo primeiro ano um porre. Mas no fundo eu sei que está valendo a pena)

domingo, 2 de maio de 2010

Pirralhinha

Quando estava prestes a nascer, minha mãe traçou as últimas costuras de um cobertor – branco e verde, com desenhos de barquinhos. Como todo objeto por que as crianças nutrem grande afeição, o cobertor ganhou o nome de ‘nina’. Não dormia sem o nina, nem fora de casa, nem no calor baiano. E eu o arrastava onde quer que fosse, junto com o travesseiro que tinha a fronha combinando (minha mãe gosta de combinar).

Aquele que me acompanhou desde a infância, com o passar dos anos, desbotou, envelheceu, até meio rasgadinho ficou, até que um dia eu não o encontrei mais. Não sei o que aconteceu com o nina. Mais do que o seu sumiço, o que me intrigava era como ele tinha o dom de encolher. E eu mal suspeitava que era eu quem crescia.

 

(Não sei porque tive vontade de postar aqui, e não no Estrelas)