“Este estudo tem por finalidade definir os fundamentos científicos e os objetivos programáticos da CRIMINOLOGIA RADICAL, como teoria do crime e do contorle social comprometida com o projeto político das classes trabalhadoras nas sociedades capitalistas.”
Esse livro apresenta uma visão do crime completamente diferente do último que estudei (apesar de Mentes Perigosas não falar exatamente de crime ou de criminologia, mas de psicopatas, e de um ponto de vista científico-psiquiátrico-não-jurídico).
A Criminologia Radical diz que o crime está diretamente ligado à economia e estes à política. Define o crime individual como resposta social de sujeitos em condições sociais adversas. Diz, ainda, que há uma criminalidade estrutural: “situações de garantia de impunidade, pelo controle dos processos de criminalização, são condições suficientes para práticas anti-sociais lucrativas, fundadas no controle dos processos de produção/circulação da riqueza”.
Em resumo, o que li é que o crime é obra e graça do capitalismo, que pune os oprimidos de forma a manter o sistema e acoberta os crimes da classe dominante, sendo o próprio sistema capitalista um crime.
Pessoalmente, considero perigoso definir todo um sistema como criminoso. Acho abstração demais. E mais perigoso ainda é enfatizar que a solução para a criminalidade é a implantação do regime socialista. Até porque, o tal regime é um ideal que ninguém nunca viu funcionar, né? Enfim, me perdoem aqueles que amam, mas a Criminologia Radical me pareceu um discurso fanático ou eu não entendi nada.
E ainda tem o caso de todo o proletariado que não pensa em cometer um crime sequer – ‘pobres alienados’ – daqueles que não cometem crimes por serem oprimidos pela sociedade capitalista, mas por motivos passionais, por estarem sob efeito de tóxicos, por patologia… Prefiro pensar que não existe um motivo para que alguém cometa um crime – seja biológico, sociológico, econômico… Mas que todos esses motivos são possibilidades.
Mas como todo mundo tem sua própria opinião sobre o que é crime e como se deve lidar com ele, essa discussão vai longe!
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