Love Mercy nos confronta diretamente com a crise de AIDS na África, especialmente na Suazilândia, que tem o maior índice de aidéticos no mundo e onde a expectativa de vida é de trinta e dois anos. Ofertando duas perspectivas únicas, Lisa e Ty compartilham as questões que encontraram em sua jornada e contam as histórias daqueles que conheceram no meio do caminho - das próprias crianças, para os adultos vítimas de AIDS, para os compassivos e misericordiosos que buscam a cada dia aliviar o sofrimento.
Sorrisos em um lugar de tristeza agonizante. Misericórdia em meio a uma pobreza dse cortar o coração. Duas pessoas transformadas por Deus em lugares e de maneiras que elas jamais esperavam, descobrindo que, mesmo em uma terra repleta de angústia, o amor e a redenção de Cristo inflamam.
Love Mercy confronts us directly with the AIDS crisis in Africa-in particular Swaziland, which has the highest AIDS rate in the world and where the average life expectancy is thirty-two years of age. Offering two unique perspectives, Lisa and Ty share the questions they encountered on their journey and tell the stories of those they met along the way-from the children themselves, to adult AIDS victims, to the compassionate mercy-givers who seek every day to alleviate their suffering.
Smiles in a place of aching sadness. Mercy in a place of heart-wrenching poverty. Two people transformed by God in ways, and places, they never expected, discovering that even in a land riddled with heartache … Christ’s love and redemption are ablaze.
(Capa e sinopse retiradas do BlogTour, tradução livre)
Esse livro faz parte de um Blog Tour. (Basicamente, vc se inscreve e informa as suas preferências literárias, a editora te convida a participar de um blog tour e te manda o livro de graça em troca de um post review. Os livros são em inglês, ok?)
Love Mercy é uma biografia de uma escritora de romances e sua filha adolescente. Apesar de classificado como biografia, conta, na verdade, sobre a viagem que elas fizeram à Suazilândia, um pequeno país africano que está ali enfiado entre a África do Sul e Moçambique, menor que o estado de Sergipe e a metade da população de Curitiba. População esta que está morrendo aos montes de AIDS e tuberculose - quando não são a fome, miséria e o abandono que matam, principalmente, as crianças. Há na Suazilândia 120 mil órfãos, o índice de pessoas com o vírus HIV chega perto dos 50%. Aos 15 anos, um suazi tem 6% de chance de chegar aos 30.
As autoras foram convidadas a conhecer o trabalho de uma organização chamada Children's Hope Chest. Sem dinheiro para a viagem, Lisa elaborou uma proposta de escrever um livro sobre sua 'jornada' na África, e as vendas desse livro cobririam os custos da viagem, inicialmente paga pela editora. O restante dos direitos autorais foi (é, será) doado para a Children's Hope Chest.
Todos temos noção de que a maior parte da população do planeta passa por necessidades extremas. Não acredito que alguém ignore o fato de que a AIDS seja uma epidemia globalizada. Sabiam que mais de 2/3 dos portadores de HIV estão na África subsaariana (região da África abaixo do deserto do Saara)? E que cerca de 3 milhões de pessoas morrem por ano vítimas da doença somente nesas região?
Hoje, no Brasil, não é tão fácil imaginar a situação, já que temos o maior e melhor programa de combate à AIDS do mundo. Desde a política de distribuição do coquetel para os portadores do vírus, a expectativa de vida dessas pessoas no Brasil aumentou escandalosamente. Na maioria das vezes, não dá nem pra saber quem tem o vírus e quem não tem.
Na Suazilândia não há recursos para combater a AIDS porque a doença extermina a população em idade produtiva. Não é inacreditável como um vírus pode infestar uma nação ao ponto de deixá-la impotente dessa forma? Para quem liga a AIDS à promiscuidade, a maioria dos portadores do vírus no país hoje o contraíram ainda na gestação ou na primeira infância. Os antirretrovirais são caríssimos. Imagina se alguém consegue comprar isso?
O livro conta a história das pessoas que vivem nessa realidade. Pior que isso, que nunca conheceram outra realidade. Há esperança pra essa gente? Órfãos, viúvas, velhas senhoras que cuidam de filhos de desconhecidos, pessoas jovens, assim, da minha idade, da sua, morrendo. É capaz de ter outra reação inicial a não ser a perplexidade?
Tive sérias discussões - monólogos entre eu e o livro que ficou mudo diante das minhas perguntas e advertências - teológicas com a autora, mas isso não interfere muito na essência do livro.
Mexendo na internet, descobri que o Brasil não mantém relações com a Suazilândia. Não seria interessante uma conversinha entre o melhor e o pior país no mundo em combate à AIDS/HIV? Estão entendendo o que eu estou pensando? Será que o Brasil pode ajudar a Suazilândia?
This book came from a Blog Tour (Sign up and choose your preferences. They are going to send you an e-mail and invite you to join a tour. You will receive the book at home for posting review on your blog).
Love Mercy is the biography of a romance writer and her teenager daughter. Although the book is tagged as a biography, the history is all about their trip to Swaziland, a small african country, sticked between South Africa and Mozambique, smaller than New Jersey state, its population reaches a half of Houston's. When these people don't die of AIDS and tubercolosis, it's starvation, poverty and abandon that kills, especially, children. There are 120,000 orphans in Swaziland, the HIV rates are around 50%. And at 15 years old, a Swazi's chance to reach 30 is only 6%.
The authors were invited to know the work of an organization called Children's Hope Chest. Without money for the trip, Lisa made a proposal for write a book about it, and the advance would pay for the trip and the rest could go to Children's Hope Chest.
Everybody knows that most of the world's population lives in extreme situations. I can't believe that someone ignores that AIDS has turned into a global epidemic. Did you know that 2/3 of HIV positive lives in the subsaarian Africa? And did you know that, only in this region, 3 million people die per year, victims of AIDS?
It's not so easy to realize it living in Brazil. We have the best and bigger AIDS combat program. Because of the medicine distribution policy to the infected people in Brazil, their life expectancy has been increasing more and more. Mostly, we can't even discern by just looking, who has the virus and who doesn't.
In Swaziland there are no resources to fight against AIDS, because the disease exterminates the worker population. Don't you get mazy about how a virus infect a whole nation to the point of making it this impotent? For those who link AIDS to promiscuity, know that many of the infected were contaminated by their own parents. The antiretrovirals are too expensive. Who can buy it in Swaziland?
The book tell the stories of people who live this reality. Worst than that, people who never knew another reality. Is there hope for this people? Orphans, widows, old women who take care of the unknown parent's children, young people, my age and yours, are dying. Can you be anything other than perplexed?
I had serious theological controversies - monologues between me and the book, which has been mute at my issues and warnings - with the author, but it doesn't interfere in the essence of the book.
Web surfing, I found out that Brazil doesn't have any relations with Swaziland. Wouldn't be convenient that the best and the worst coutries in AIDS/HIV combat world's rate had a talk? Are you getting what I mean? Does Brazil could help Swaziland?
2 comentários:
Sinceramente, eu não fazia idéia de que existe um lugar chamado Suazilândia. Mas, poxa, me deu uma dorzinha no coração imaginar essas crianças ficando órfãs tão cedo. Como se não bastasse a AIDS, quantos não devem morrer por falta de cuidados em coisas "simples".
Acho que nós poderíamos ajudá-los sim, mas primeiro o Brasil tem que acabar com a mentalidade de país subdesenvolvido que depende dos outros e se colocar na posição de doador. Claro que, diretamente, depende muito pouco de nós. Mas com tantas campanhas acontecendo - algumas com sucesso, outras nem tanto - na internet, quem sabe não dê pra fazer alguma coisa?
Beijos
Eu também nunca tinha ouvido falar da Suazilândia (nem de Bahrain, em Found Art). Tudo o que a gente pensa que é básico, pra muitos no mundo já é um luxo.
Quem sabe um movimento a la Katie? hahaha
Mas eu estava mesmo pensando no Estado brasileiro oferecer auxílio diplomático à Suazilândia. :)
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